Frei Gilson: quem é o sacerdote anticomunista criticado pela esquerda e abraçado pelo bolsonarismo

Em 25 de julho de 2021, frei Gilson, sacerdote católico, iniciou uma oração em Brasília com 30 mil pessoas presentes, marcando o início de um evento de três dias. A oração, transmitida ao vivo, pedia bênçãos para o Brasil e tinha um caráter patriótico, com uma estátua de Nossa Senhora Aparecida em destaque.

Libertação do comunismo e críticas ao aborto e à desestruturação da família foram temas abordados. Nos últimos dias, frei Gilson ganhou destaque na polarização política brasileira após expressar opiniões sobre o empoderamento feminino, afirmando que a mulher deveria atuar apenas como auxiliar do homem, o que gerou reações intensas nas redes sociais.

Criticado por militantes de esquerda por supostas ligações com o bolsonarismo, ele foi defendido por figuras da direita, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A polêmica resultou em um aumento das buscas pelo nome de frei Gilson no Google.

Frei Gilson, com mais de 7 milhões de seguidores no Instagram, é considerado um dos principais clérigos influencers do Brasil. Há quase 10 anos, utiliza redes sociais para transmitir suas mensagens religiosas, expandindo sua influência em um contexto de queda no catolicismo no país.

Investigado pela Polícia Federal em relação a uma oração compartilhada entre clérigos, frei Gilson nega ser um religioso bolsonarista, porém, suas falas conservadoras coincidem com a agenda bolsonarista, sem no entanto demonstrar apoio direto.

A debate pública sobre frei Gilson reflete a polarização entre esquerda e direita no Brasil, revelando como ele se tornou uma figura simbólica nesse contexto. Especialistas alertam sobre a perigosa tendência de transformar líderes religiosos em tokens políticos, enfatizando a importância de respeitar a liberdade religiosa.