Frigoríficos: após resultados da JBS, o que mercado espera para 2T de BRF e Marfrig?

A JBS (BDR: JBSS32) anunciou seu primeiro resultado como frigorífico listado na Bolsa de Nova York, reportando um lucro líquido de US$ 528,1 milhões no segundo trimestre, uma alta de 60,6% em relação ao ano anterior.

O CEO Global, Gilberto Tomazoni, mencionou fraquezas na carne bovina nos EUA, que representa um terço das vendas da empresa, devido ao aumento dos custos. Apesar disso, setores como a carne bovina brasileira e australiana mostraram resultados positivos.

O Ebitda ajustado foi de R$ 9,9 bilhões (US$ 1,75 bilhão), superando estimativas, mas com US$ 190 milhões provenientes de ganhos contábeis. A estratégia de diversificação da JBS foi vista como vantajosa durante tempos desafiadores.

A XP Investimentos avaliou que o 2T foi melhor do que o esperado, com forte desempenho do mercado doméstico e exportações da Austrália e Brasil. A empresa lançou um novo programa de recompra de ações e anunciou um dividendo de US$ 1,2 bilhão.

O Bradesco BBI ressaltou a importância da diversificação, mas destacou que as margens da carne bovina nos EUA podem limitar os lucros. Por outro lado, a visão construtiva sobre as ações JBSS32 foi mantida.

BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) irão reportar resultados nesta quinta-feira (14). As expectativas para a BRF são de um crescimento de 4% na receita líquida, enquanto a Marfrig deve apresentar resultados estáveis na América do Sul e certa melhora na América do Norte.

O Itaú BBA espera resultados positivos para ambas as empresas apesar dos desafios, com foco na consolidação das operações caso a fusão seja aprovada.