FT: EUA estudam envio de soldados latino-americanos ao Haiti para combater gangues
EUA buscam alternativas para intervenção no Haiti com apoio de tropas latino-americanas, devido à ineficácia da missão queniana. A proposta visa contornar vetos de Rússia e China e reavivar o papel da OEA nas operações de paz.
Estados Unidos avaliam envio de tropas latino-americanas ao Haiti, onde gangues criminosas dominam áreas-chave.
Uma força internacional liderada pelo Quênia falhou em conter a violência, levando Washington a considerar uma missão sob a Organização dos Estados Americanos (OEA), evitando vetos da Rússia e da China.
A OEA busca combater gangues que controlam a maior parte de Porto Príncipe, ameaçando os últimos bairros governamentais.
A Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MSS) chegou ao Haiti em junho de 2022, mas não foi eficaz contra as gangues bem armadas.
Se vetada uma nova missão da ONU, o governo Trump pode usar a OEA para reunir uma força de paz. As discussões indicam que países da América Latina forneceriam soldados, enquanto os EUA arcariam com os custos.
Um diplomata alertou que a OEA não possui mandato ou orçamento para operações de manutenção da paz.
Durante o governo Biden, a busca por apoio regional não teve sucesso, e o Quênia foi o único a aceitar liderar a MSS com pagamentos generosos.
Os EUA também exploram parcerias com países como Brasil e Colômbia para uma nova missão.
Da Argentina, um funcionário afirmou estar disposto a enviar tropas, caso uma força da OEA seja adequadamente preparada.
Embora os EUA não discutam o envio de tropas americanas, afirmam que estão explorando opções para melhorar a situação no Haiti.
A crise no Haiti aumentou após o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, com gangues controlando mais de 85% de Porto Príncipe e 1 milhão de deslocados no país.
No dia 2 de maio, os EUA designaram as maiores gangues do país como “organizações terroristas estrangeiras”.