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FT: Stablecoins ‘têm desempenho ruim’ como moeda, alertam bancos centrais

Dirigentes de bancos centrais criticam as stablecoins por não atenderem a critérios fundamentais para sua utilização como moeda. A avaliação surge em meio ao aumento do uso dessas criptomoedas e à tentativa do governo Trump de integrá-las ao sistema financeiro tradicional.

Dirigentes de bancos centrais criticam as "stablecoins", apontando que elas "têm desempenho ruim" em requisitos essenciais para moeda, contrários à proposta de Donald Trump de integrá-las ao sistema financeiro tradicional, segundo o Financial Times.

O Banco de Compensações Internacionais (BIS) afirma que as stablecoins não atendem a três critérios principais: não são lastreadas por bancos centrais, falta de proteção contra uso ilícito e ausência de flexibilidade de crédito para geração de empréstimos.

Essas moedas foram criadas como uma ponte entre criptoativos voláteis e sistemas monetários tradicionais, mas sua capacidade de serem mantidas anonimamente as tornou populares entre negociadores de criptomoedas e atividades ilícitas.

Hyun Song Shin, do BIS, alertou sobre o risco de saques rápidos pelos investidores. Governos dos EUA e Reino Unido estão desenvolvendo estruturas regulatórias em resposta ao crescimento das stablecoins, com cerca de US$ 250 bilhões em circulação, principalmente lastreadas em dólar.

Desde a eleição de Trump, houve um aumento na aceitação de criptomoedas, revogando restrições anteriores. O BIS destaca que o futuro das stablecoins é incerto e que seu desempenho fraco sugere um papel subsidiário, além de serem escolhidas para uso ilícito.

O relatório enfatiza que as stablecoins falham na função de liquidação de dinheiro e carecem do respaldo dos bancos centrais, que são essenciais em crises. Elas demandam pagamento antecipado, o que afeta a elasticidade no sistema financeiro.

O BIS alerta que a perda de soberania monetária é uma grande preocupação, especialmente em economias emergentes. Propõe um banco de dados centralizado de depósitos tokenizados para pagamentos internacionais, testado em um projeto com sete bancos centrais.

Conclui que a sociedade enfrenta uma escolha: evoluir para um sistema monetário de próxima geração ou repetir erros históricos com moedas digitais privadas que não cumprem os requisitos essenciais.

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