Funcionária da Petrobras explica críticas ao trabalho presencial: “Sou mãe solo”
Luciana Frontin expressa sua angústia sobre a volta ao trabalho presencial, ressaltando a falta de apoio da Petrobras para mães solo. A petroleira reafirma a necessidade da mudança em seu modelo de trabalho e diz estar aberta ao diálogo.
Luciana Frontin, funcionária da Petrobras, criticou a ampliação do trabalho presencial de 2 para 3 vezes por semana, afirmando estar “exaurida”. Em entrevista ao Poder360, ela destacou que o problema é a falta de apoio da empresa, especialmente para mulheres, como as mães solo.
A mudança foi anunciada pela Petrobras em 9 de janeiro, exceto para pessoas com deficiência (PCDs) e pais de PCDs. Luciana relatou, em um vídeo do Sindipetro-RJ, os impactos negativos na sua saúde física e emocional. Ela defende a manutenção do modelo híbrido e deseja que mudanças sejam debatidas com os trabalhadores.
O vídeo viralizou, levando Luciana a ser alvo de críticas, que ela atribui a “haters”. Ela disse não esperar tal repercussão. Citou a falta de um canal efetivo de comunicação com a Petrobras e mencionou uma paralisação de 24 horas marcada para 26 de março.
Luciana acredita que a falta de negociação genuína está contribuindo para o aumento do estresse e adoecimento dos trabalhadores. Ela ressaltou que já faz tratamento psicológico e criticou a responsabilidade que a empresa tenta transferir para os funcionários.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), compartilhou o vídeo, mas não comentou. Luciana alertou que isso pode prejudicar seu apoio entre os petroleiros, sugerindo que Paes busca votos.
A Petrobras declarou que respeita o direito de manifestação e está aberta ao diálogo sobre o modelo de trabalho. A partir de 7 de abril de 2025, todos os empregados devem cumprir três dias presenciais por semana, visando atender os desafios da companhia.