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Funcionário da C&M preso diz que foi abordado em bar e recebeu R$ 15 mil para fornecer credenciais a hackers

Funcionário da empresa C&M é preso por facilitar o maior golpe cibernético do Brasil ao fornecer credenciais a hackers. Investigação revela que mais de R$ 541 milhões foram desviados de uma conta de um cliente da empresa.

João Nazareno Roque, de 48 anos, foi preso na noite de quinta-feira (3) por envolvimento no maior cibercrime do Brasil, com prejuízo de pelo menos R$ 541 milhões.

Roque confessou ter fornecido senha e login do sistema da C&M, empresa que conecta instituições financeiras ao sistema do Pix. Ele recebeu um "sinal" de R$ 5 mil e posteriormente mais R$ 10 mil, totalizando R$ 15 mil pelos dados.

Os hackers utilizaram as credenciais de uma cliente da C&M, a BMP, para acessar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e realizar transferências via Pix, começando às 4h30 da madrugada de segunda-feira (30).

De acordo com a Polícia Civil, mais de R$ 500 milhões foram desviados da BMP, a única entre 23 clientes da C&M que reportou o desvio. A BMP alertou a C&M sobre movimentações suspeitas, inicialmente detectadas por uma empresa terceirizada.

A Polícia civil identificou uma instituição financeira que recebeu as transferências e suspendeu suas atividades, porém, o nome não foi revelado.

Artur Dian, delegado-geral da Polícia Civil, afirmou que as investigações continuam e que outros envolvidos também estão sendo investigados. João Nazareno Roque responde por associação criminosa e furto mediante fraude.

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