Funcionário do INSS apontou desvios em benefícios em 2020
Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, investiga fraudes bilionárias envolvendo a Conafer e descontos indevidos em benefícios do INSS. O esquema pode ter desviado até R$ 6,5 bilhões, levando ao afastamento de autoridades no setor previdenciário.
Funcionário do INSS denuncia esquema de descontos irregulares
Em 2020, um funcionário do INSS relatou à Polícia Federal um esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas relacionados à Conafer. A >investigação aponta um desvio de até R$ 6,5 bilhões.
A denúncia surgiu após o funcionário receber ameaças de morte por identificar irregularidades nas auditorias de descontos.
Em janeiro de 2020, a Conafer contava com 80.000 filiados, que saltou para mais de 250.000 em outubro, mesmo com o acordo suspenso. Relatório da CGU mostra que os descontos indevidos aumentaram de R$ 400 mil em 2019 para R$ 202 milhões em 2023.
A investigação da PF foi encerrada em 2024 sem indiciamentos. A Polícia Civil do DF também abriu ação após relatos de aposentados sobre os descontos indevidos.
O acordo com a Conafer foi firmado em 2017 e suspenso em setembro de 2020. A análise dos acordos foi transferida para outra diretoria, permitindo a reabilitação do convênio.
O presidente da Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes, negou responsabilidade em depoimento, atribuindo falhas à Dataprev.
Em abril de 2025, foi deflagrada a operação Sem Desconto, resultando no afastamento do ministro da Previdência e do presidente do INSS.
A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em 14 de maio de 2025, com alvos vinculados à Conafer, incluindo Carlos Roberto, ligado a empresas no Brasil e nos Estados Unidos.
A PF, o INSS e a Conafer não responderam oficialmente sobre o caso até o momento da publicação.