Funcionários da Abin querem tirar atual diretor na Justiça
Funcionários da Abin convocam assembleia para votar sobre ação judicial contra Luiz Fernando Corrêa, após indiciamentos pela PF. A insatisfação com a manutenção do diretor-geral no cargo e a condução do governo Lula em casos de indiciados é crescente entre os agentes de inteligência.
A Intelis (União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin) busca o afastamento de Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin, na Justiça.
Corrêa foi mantido no cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apesar de ser indiciado pela PF (Polícia Federal) por tentar obstruir investigações sobre a "Abin paralela". O indiciamento ocorreu em 17 de junho.
A associação criticou Corrêa em redes sociais e convocou uma assembleia para votar a decisão de ir à Justiça e discutir um indicativo de greve, podendo durar 24 horas, até 24 de junho.
Os servidores expressam insatisfação com a gestão da Abin e questionam a continuidade de Corrêa no governo mesmo após “escândalos” de policiais da PF. A Intelis pediu que funcionários utilizem meios oficiais de reclamação para purificar a agência.
A crise é acentuada por reclamações como vazamentos de agentes durante investigações da PF. Além disso, há demanda por justiça em relação à ex-corregedora Lidiane Souza Santos, que denunciou assédio moral, resultando em ações contra a liderança da Abin.
Lidiane, processada em setembro de 2024, acusou Corrêa e outros de atrapalhar seus trabalhos e a exoneraram em setembro, gerando ainda mais descontentamento entre os funcionários.