Fundo Vale investiu US$ 65 milhões em cinco anos e deve manter ritmo para bater metas até 2030

Fundo Vale, da mineradora homônima, investiu mais de US$ 75 milhões em projetos socioambientais desde 2009.

Os maiores aportes, totalizando US$ 65 milhões, ocorreram entre 2020 e 2024.

A organização pretende manter o ritmo de investimentos e utiliza um modelo de finanças mistas (blended finance), que combina filantropia e capital. Este modelo foi analisado em um estudo da Universidade de Columbia, onde a Vale é um dos quatro casos brasileiros.

O diretor-executivo, Gustavo Luz, afirma que os aportes começaram como filantropia devido à falta de negócios sustentáveis na preservação florestal.

Um projeto importante é o Sustenta.Bio, lançado em 2023, com investimento de US$ 4,5 milhões, focado no fortalecimento de economias de sociobiodiversidade na região amazônica.

O Fundo Vale também é utilizado como capital catalítico, unindo outros investidores em projetos como o da empresa Belterra, que recebeu 60% do capital para expandir agroflorestas.

O Santander coordenou um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) Verde, arrecadando R$ 21,5 milhões.

As metas da Vale incluem proteger e recuperar 500 mil hectares até 2030, com 200 mil hectares já protegidos e 18 mil hectares recuperados.

Atualmente, a proporção esperada para atingir as metas de recuperação mudou para 60% por meio de fundos, 29% via negócios de impacto e 11% por filantropia.

O Fundo Vale busca evoluir de uma plataforma filantrópica para um modelo escalável, visando que os negócios criados sejam sustentáveis sem apoio constante da Vale.

Com isso, os negócios podem gerar créditos de carbono no futuro, contribuindo para a sustentabilidade na mineração.

Esta notícia foi publicada no Broadcast+ em 14/07/2025.