Fundo Verde volta a ter posições pró-risco no Brasil
Fundo Verde atinge ganhos de 7,15% no semestre, superando o CDI. Gestão mantém posições proativas no Brasil e ajusta alocações em resposta ao cenário geopolítico e econômico global.
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, encerrou o primeiro semestre com ganhos de 7,15%, superando o CDI de 6,41%. No mês de junho, obteve retorno de 0,97%, impulsionado por moedas como euro e real, além de criptoativos e posições de crédito local. As perdas vieram de "hedges" em petróleo e da exposição a commodities.
A carta mensal da Verde destaca a batalha política em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), intensificada pela derrubada do decreto de aumento do imposto. O cenário global influenciou o mercado local.
O texto frisa a fragilidade fiscal e a busca por popularidade a custa de mais gastos. O mercado está focado na mudança eleitoral, mas enfrenta o desafio de um custo de capital altíssimo.
A gestão acredita que as alocações em real e em juro real são as de melhor retorno ajustado ao risco. O fundo retomou posições pró-risco no Brasil, aumentando alocação em bolsa brasileira e ficando neutro em bolsa global.
Nos EUA, o fundo trocou parte da posição de inflação por alocações em juro real. Também aumentou a posição em euro, ouro e real, mantendo exposição em criptoativos e crédito high yield.
No cenário internacional, a Verde comenta a guerra entre Israel e Irã, considerando seu impacto pouco relevante no contexto atual. O preço do petróleo tipo Brent subiu 5,8%, mas ainda está dez pontos percentuais abaixo do nível do ano passado.