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Fundos de venture capital estão otimistas com o futuro

O aumento da demanda por produtos e matérias-primas pode beneficiar o Brasil na guerra comercial entre EUA e China, segundo especialistas. A expectativa é otimista para investimentos em startups voltadas para inteligência artificial e novas tecnologias na América Latina.

A guerra comercial entre os Estados Unidos e China pode beneficiar o Brasil e a América Latina, que devem absorver parte dos investimentos e demanda das duas nações, segundo Hernan Kazah, do Mercado Livre.

Kazah aponta oportunidades especialmente em inteligência artificial e novas tecnologias, com empreendedores buscando inovar. Ele afirma: “Estamos super ‘bullish’ com o futuro”, referindo-se a uma tendência de alta nos investimentos.

Mike Packer, da QED Investors, com US$ 3,8 bilhões sob gestão, também vê potencial no setor fintech da América Latina. Ele acredita que a tecnologia pode transformar as economias da região e que estamos diante de fundadores talentosos.

A Kaszek foca em empresas que nascem com base em inteligência artificial, priorizando ideias sustentáveis a longo prazo. Kazah destaca a concentração dos investimentos em projetos de IA globalmente.

Santiago Fossatti, da Kaszek, acredita na maturidade do ecossistema, com investimentos crescendo de US$ 2 bilhões para US$ 7,3 bilhões em 2021. Ele observa mudanças no perfil dos fundos, migrando de B2C (empresas para consumidores) para B2B (empresa para empresa).

A Kaszek reconhece incertezas criadas pelas tarifas de Donald Trump, que impactaram as expectativas de queda de juros e IPOs. “O caminho mais provável para os exits será a venda das empresas”, segundo Marcello Gonçalves, da Domo.VC.

Packer, por outro lado, acredita que a América Latina possui 12 a 18 empresas com potencial de IPO nos próximos anos, mas ressalta que a permanência no mercado privado pode ser uma opção viável.

Apesar do cenário positivo, ainda existem desafios para o mercado de venture capital na região.

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