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Fundos imobiliários residenciais têm uma avenida para percorrer no Brasil, mas existem obstáculos

Os fundos imobiliários residenciais no Brasil ainda são um setor em crescimento, representando apenas 2,4% do tamanho do mercado americano. Especialistas acreditam que as mudanças culturais nas novas gerações podem impulsionar sua popularidade no futuro.

Fundos imobiliários residenciais, conhecidos como “multifamily”, têm potencial de crescimento no Brasil, embora ainda sejam tímidos. Nos EUA, esses fundos representam 14% do patrimônio da classe de REITs, atrás apenas do setor de varejo (17%).

Os 200 fundos imobiliários mais líquidos no Brasil têm R$ 180 bilhões em patrimônio, ou US$ 31 bilhões, equivalente a apenas 2,4% do mercado americano. O segmento residencial nos EUA movimenta mais de US$ 160 bilhões.

O primeiro fundo imobiliário residencial brasileiro, Inter Residence (INRD11), surgiu em 2019 e possui cerca de 7,5 mil cotistas, com um portfólio que abrange 490 apartamentos em Curitiba, Belo Horizonte e Campinas.

Flávio Pires, analista do Santander, explica que os fundos residenciais utilizam duas estratégias de locação: longa estadia (30 meses ou mais) e curta estadia (contratos mais curtos). A maioria dos imóveis está relacionada à longa estadia, resultando em rendimentos menores e menos líquidos que outros setores.

O retorno em dividendos dos fundos residenciais é de 6,94%, inferior às médias de outros setores, e a situação é comparada à dos REITs residenciais nos EUA, que apresentam uma média de 5% em dividend yield.

Mudanças culturais estão ocorrendo. Mauro Lima, da Inter Asset, destaca que a cultura familiar nos EUA favorece a locação, enquanto os brasileiros ainda preferem a casa própria. Contudo, novas gerações estão se tornando mais desapegadas, buscando aluguéis por questões financeiras.

Em resumo, fundos residenciais estão ganhando espaço e o potencial de crescimento no Brasil é visto como promissor, à medida que as preferências dos consumidores mudam.

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