HOME FEEDBACK

Fundos imobiliários têm respiro, mas retomada deve ser em 2026

Os fundos imobiliários mostram sinais de alta após meses de queda, mas gestores alertam que a recuperação pode levar tempo. Com incertezas econômicas e possíveis novas altas na Selic, a melhora duradoura no setor imobiliário ainda é incerta.

Fundos de investimento imobiliário (FIIs) apresentam melhora em fevereiro, com o Ifix subindo 3,34%, a primeira alta desde agosto de 2022.

Em março, até o dia 14, o índice subiu 2,92%, acumulando alta de 3,09% em 2023, após queda de 5,89% em 2022.

No início do ano, Ifix e Ibovespa estavam descolados, chegando a uma diferença de 7,93% em janeiro. Enquanto o Ibovespa subiu 4,86%, o Ifix caiu 3,07%.

Em fevereiro, enquanto o Ibovespa caiu 2,64%, o Ifix cresceu 3,34%, reduzindo a diferença para 5,98%.

Brunno Bagnariolli, da JiveMauá, destaca que o descolamento ocorreu porque investidores institucionais e estrangeiros voltaram à B3, enquanto os FIIs, majoritariamente de pessoas físicas, enfrentavam impactos das NTN-Bs.

Na segunda quinzena de fevereiro, o desaquecimento das NTN-Bs ajudou a recuperar os FIIs, mas a perspectiva macroeconômica permanece complicada, segundo Danilo Barbosa, do Clube FII.

As cotações dos FIIs ainda estão próximas das mínimas históricas, com um desconto médio de cerca de 35% em fundos de escritórios e 28% em renda urbana.

Carolina Borges, da EQI Investimentos, alerta que, com juros elevados, a análise de curto prazo é desfavorável aos FIIs. O potencial de valorização a médio/longo prazo deve ser considerado.

A perspectiva de recuperação é otimista para fundos de renda urbana, shoppings e híbridos, enquanto os de escritórios enfrentam desafios com vacância e alavancagem.

Otmar Schneider, da Nord Investimentos, acredita que a recuperação dos FIIs se dará a partir de 2026, caso a Selic alcance 15% até o fim do ano.

Leia mais em valoreconomico