Fusão da Gol e Azul não é saudável para aviação, diz ministro
Ministro critica fusão entre Azul e Gol e defende maior diversidade na aviação. Ele ressalta a necessidade de garantir que mudanças não impactem negativamente na oferta de voos e preços das passagens.
Ministro critica fusão da Azul e Gol
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol não seria “saudável” para a aviação brasileira durante a comissão de Infraestrutura do Senado em 8 de abril de 2025.
Costa Filho defende a ampliação do número de operadoras, e espera o parecer do Cade sobre o pedido de fusão.
Ele expressou dúvidas sobre o processo, ressaltando a importância de respeitar decisões do setor privado para evitar insegurança jurídica.
O ministério busca garantir que a fusão não cause reduções nos voos ou aumentos abusivos nos preços das passagens, afirmando ter uma “posição clara” nas negociações.
A fusão depende da aprovação do Cade e da Anac. Segundo a proposta, Azul e Gol manteriam suas marcas, mas poderiam compartilhar aeronaves e voos.
A Azul e a Abra, principal investidora da Gol, assinaram um memorando de entendimento em janeiro para explorar a viabilidade da fusão, condicionada à recuperação judicial da Gol.
A Gol firmou um termo com o governo para quitar débitos de R$ 5,5 bilhões e a reestruturação visa converter parte do endividamento da companhia em capital.
Se aprovada, a fusão poderia resultar em mais de 60% do mercado aéreo nacional nas mãos de Azul e Gol, que juntas possuem 327 aviões.