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Fusão Marfrig-BRF: Analistas alertam para risco de 'canibalização' de marcas das empresas na nova gigante dos alimentos

Marfrig registra maior alta em cinco anos após anunciar fusão com BRF, criando gigante global no setor de alimentos. Especialistas alertam para riscos envolvendo a canibalização de marcas e questões para acionistas minoritários da BRF.

Ações da Marfrig subiram 21,3% após anúncio de fusão com a BRF, criando uma gigante global no setor de alimentos. Analistas consideram o negócio positivo, mas alertam para riscos de canibalização de marcas.

A Marfrig, que possui 50,49% das ações da BRF, comprará o restante das ações minoritárias em condições desfavoráveis para os acionistas da BRF.

Duas companhias processam 20 mil cabeças de boi, 40 mil suínos e 6 milhões de aves diariamente, com faturamento combinado de R$ 152 bilhões.

Caso a fusão se concretize, a nova empresa será chamada de MBRF Global Foods Company, tornando-se a terceira maior do setor de proteínas, atrás apenas da JBS e da Tyson.

A troca proposta é de 0,8521 ações da Marfrig para cada ação da BRF, o que gerou críticas. O analista Igor Guedes destaca um deságio de 17%, diferente do comum.

Apesar da alta das ações da Marfrig, as da BRF chegaram a cair mais de 5%, mas fecharam em leve alta.

Marcos Molina, presidente da Marfrig, comentou sobre a redomiciliação do conglomerado, visando oportunidades na América do Norte. A mudança impactará a legislação tributária e pode levar à listagem na Bolsa de Nova York.

A fusão também pode resultar em canibalização entre marcas, como Sadia e Perdigão, e especialistas sugerem que a nova empresa deve avaliar quais marcas manter.

A queda das ações da BRF foi influenciada por um surto de gripe aviária no Rio Grande do Sul, bloqueando exportações de frango. O CEO da BRF afirma que a empresa está preparada para mitigar impactos adversos.

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