Fusões e aquisições se tornam soluções importantes para empresas em cenário incerto, diz BBI
Com o ambiente econômico desafiador e os altos juros, empresas buscam fusões e aquisições como alternativa para captação de recursos. Especialistas apontam que, apesar do aumento no número de empresas considerando M&As, o volume de transações deve se manter estável em 2024.
Cresce a busca por fusões e aquisições (M&As) entre empresas brasileiras, conforme a Bolsa deixa de ser fonte viável de captação de recursos.
Empresas como Cosan e CCR estão focando na venda de ativos e na busca por novos sócios para se capitalizarem.
Desde 2024, a Bolsa não oferece muitas opções de financiamento para companhias listadas, e o mercado está fechado para empresas não listadas há quatro anos.
Os preços das ações estão desenquadrados em relação aos fundamentos e não refletem o valor dos ativos. Levantar capital se tornou inviável, e muitas empresas preferem M&As a aumentos de capital a preços desfavoráveis.
André Moor, chefe de Investment Banking do Bradesco BBI, afirma que, apesar do aumento no interesse por M&As, o volume de transações em 2024 deve permanecer estável. O juro elevado, que pode chegar a 15% ao ano, reduz a atratividade de investimentos de maior risco.
As empresas estão adotando uma postura pragmática e calculando os riscos, prevendo um ano duro pela frente, especialmente com um cenário pré-eleitoral para 2026.
O ambiente desafiador também é favorável para bancos locais, que costumam facilitar discussões de M&As por meio de relacionamentos de longo prazo.
Moor observa que ainda existem incertezas sobre a economia dos Estados Unidos e sua influência nas políticas locais, e sugere que o cenário de mercado será mais claro ao longo do ano.
Ele recentemente assumiu novas áreas no Bradesco BBI visando ampliar a presença em M&As e mercados de renda variável.
This news was published on Broadcast+ on 10/03/2025, at 15:28. The Broadcast+ is a leading platform in the financial market with real-time news and quotations.