Fux dá 15 dias para Gayer explicar fala sobre Gleisi e “trisal”
Ministro do STF define prazo para deputado responder à queixa-crime por declarações controversas. Lindbergh Farias alega calúnia e difamação nas postagens de Gayer sobre sua esposa e a ministra Gleisi Hoffmann.
Ministro Luiz Fux do STF deu prazo de 15 dias para o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) responder a queixa-crime do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).
A queixa é devido a insinuações de um trisal entre Lindbergh, sua esposa, a ministra Gleisi Hoffmann e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Fux foi sorteado como relator e intimou a PGR (Procuradoria Geral da República) a notificar Gayer. O prazo começa quando a intimação chegar ao deputado.
O caso se originou de postagens de Gayer sobre declarações de Lula em março, quando este disse ter colocado uma “mulher bonita” no comando do Ministerial para melhorar as relações institucionais.
Após a declaração, Gayer publicou mensagens no X (ex-Twitter), insinuando um trisal e criticando Lindbergh. Ele apagou os posts posteriormente.
Lindbergh processou Gayer por calúnia e difamação, pedindo a aplicação do triplo da pena, devido ao alcance das publicações nas redes sociais.
Gayer defendeu-se afirmando ter apenas denunciado a hipocrisia da esquerda, sem intenção de ofender Gleisi.
Na ação, os advogados de Lindbergh alegam que Gayer comparou Gleisi a uma “garota de programa” e insinuou que o presidente agia como “cafetão”.
O crime de difamação pode resultar em detenção de 3 meses a 1 ano e multa, enquanto a injúria pode levar a 1 a 6 meses de detenção.
Lindbergh também incluiu na representação o crime de violência política de gênero, conforme o Código Eleitoral. Em março, o PT solicitou a cassação de Gayer no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.