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Fux diverge de medidas cautelares a Bolsonaro e afirma que não há ‘provas concretas’ de fuga

Ministro Luiz Fux critica restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, apontando risco de julgamento antecipado. Ele defende que as medidas infringem direitos fundamentais sem adequada justificativa legal.

Ministro Luiz Fux diverge da maioria da 1ª Turma do STF sobre restrições a Jair Bolsonaro, que incluem uso de tornozeleira eletrônica.

Fux, último a votar, argumenta que as medidas são desproporcionais e podem representar um julgamento antecipado.

Em seu voto, Fux defendeu que a decisão limita direitos fundamentais sem a devida justificativa.

Na votação, três ministros acompanharam o relator, Alexandre de Moraes, em afirmar que Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, tentaram obstruir a ação penal relacionada à trama golpista.

Fux, que já teve divergências com Moraes, aguardou até o último minuto para se manifestar. O regimento estipula que votos não apresentados a tempo são contados como ausentes.

A expectativa sobre seu voto aumentou após o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciar retaliações contra Moraes e aliados no STF.

Em 13 páginas, Flávio Dino endossou os argumentos de Moraes sobre o risco de fuga de Bolsonaro para os EUA.

As divergências começaram na aceitação da denúncia contra os acusados de tentar manter Bolsonaro no poder após a vitória de Lula nas eleições de 2022.

Fux apresentou ressalvas sobre a delação de Mauro Cid e sugeriu que processos sejam julgados em primeira instância ou no plenário do STF.

Além disso, defendeu uma pena mais leve para a bolsonarista que pichou a estátua da Justiça, considerando excessiva a condenação proposta por Moraes.

Moraes indicou que Bolsonaro e Eduardo tentam interferir na Justiça, atentando à soberania nacional.

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