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Fux e Mendonça seguram julgamentos que devem impor derrotas a Bolsonaro

Ministros do STF seguram processos que podem beneficiar Bolsonaro, mas tendem a negar os pedidos. Esse adiamento é interpretado como apoio ao ex-presidente, enquanto as decisões necessárias permanecem indefinidas.

Dois ministros do STF, Luiz Fux e André Mendonça, têm processos em seus gabinetes que poderiam beneficiar Jair Bolsonaro, mas optam por não julgar indefinidamente.

A atitude pode ser vista como apoio ao ex-presidente, já que não há previsão de julgamento.

O recurso que contesta a inelegibilidade de Bolsonaro está com Fux há mais de um ano. Um ministro do STF disse que não há caminho jurídico para reverter a inelegibilidade a tempo das eleições de 2026.

O recurso foi enviado em dezembro de 2023 e ficou com Fux desde maio do ano passado após um sorteio. Fux afirma que o caso está em fila para análise e que deve negar o pedido.

Se Fux negar, a defesa pode apresentar um agravo, geralmente decidido pela Primeira Turma, que tem tomado decisões desfavoráveis a Bolsonaro. O caso da inelegibilidade é complexo, com outra decisão do TSE também impedindo futuras candidaturas.

Em julho, Mendonça recebeu um pedido da defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, para suspender investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. Martins também é réu em ação penal relacionada.

O advogado de Martins se mostrou otimista com a relatoria de Mendonça, porém, o ministro deve negar o pedido por questões processuais.

Ambos os ministros já votaram a favor de Bolsonaro em outros processos, destacando seu apoio em questões controversas relacionadas ao ex-presidente.

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