Fux pede vista e adia julgamento de mulher que pichou com batom estátua da Justiça
Ministro Luiz Fux suspende julgamento da cabeleireira acusada de vandalismo em estátua do STF. Dois ministros já votaram a favor da condenação, que pode resultar em 14 anos de prisão.
Ministro Luiz Fux, do STF, pediu vista e suspendeu o julgamento da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de pichar a estátua da Justiça com a frase “Perdeu, mané” durante os atos golpistas em 8 de janeiro de 2023.
Não há data definida para a continuidade do julgamento. O regimento do STF estipula que o processo deve ser devolvido em até 90 dias ou será incluído na pauta automaticamente.
Até agora, dois ministros, Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino, votaram pela condenação de Débora a 14 anos de prisão em regime fechado.
Débora está presa na Penitenciária Feminina de Rio Claro, desde a oitava fase da Operação Lesa Pátria, iniciada em março de 2023, que investiga atos de vandalismo. Em seu depoimento, confirmou o ato de vandalismo utilizando batom vermelho.
Alexandre de Moraes destacou que as imagens do evento mostram que Débora demonstrou orgulho e felicidade com o vandalismo, caracterizando seu ato como parte de uma tentativa de ruptura institucional.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Débora de cinco crimes, incluindo:
- golpe de Estado
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- associação criminosa armada
- dano qualificado
- deterioração de patrimônio tombado
A frase “Perdeu, mané” se refere à resposta do ministro Luís Roberto Barroso a um apoiador de Bolsonaro que contestou a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022.