Gabinete de segurança de Israel aprova plano que inclui a 'conquista' de Gaza
Israel intensifica operações militares em Gaza com plano de conquistar o território palestino. Medidas incluem mobilização de reservistas e proposta de emigração voluntária dos habitantes, apesar da oposição de países vizinhos.
Gabinete de segurança de Israel aprovou um plano para expandir operações militares em Gaza, visando a "conquista" do território palestino e a movimentação da população local. A decisão foi confirmada nesta segunda-feira, 5.
Horas antes, o Exército anunciou a mobilização de dezenas de milhares de reservistas para intensificar a ofensiva contra o Hamas.
De acordo com uma fonte do governo, o plano inclui:
- Conquista da Faixa de Gaza
- Movimentação da população de Gaza para o sul
- Apoio à ideia de emigração voluntária para Jordânia e Egito
Jordânia e Egito se opõem à proposta.
O gabinete de segurança, que inclui Benjamin Netanyahu, aprovou o plano de forma unânime, visando derrotar o Hamas e garantir o retorno dos reféns israelenses.
Foi mencionado que o plano prevê danos ao Hamas, mas sem detalhes específicos.
Além disso, foram aprovadas iniciativas para a distribuição de ajuda humanitária em Gaza, apesar do bloqueio severo. O gabinete afirma que "há comida suficiente" no território, em contrariedade às advertências de organizações humanitárias.
O Fórum das Famílias dos reféns criticou o plano, alegando que "sacrifica os reféns" em favor do território.
Até o momento, o Hamas mantém 58 reféns dos 251 sequestrados em 7 de outubro, enquanto o ataque inicial deixou 1.218 mortos do lado israelense, a maioria civis. A operação de represália causou pelo menos 52.535 mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local.