Galeria tailandesa retira obras de minorias por pressão da China
Exposição em Bangkok sofre censura sob pressão da Embaixada da China, removendo obras relacionadas a Hong Kong e minorias étnicas. Artistas exilados e referências sensíveis foram eliminados apenas dias após a inauguração.
Exposição em Bangkok sofreu alterações após pressão da embaixada chinesa, eliminando referências a Hong Kong e minorias étnicas.
A modificação ocorreu apenas 3 dias após a inauguração, conforme informações da Reuters. Documentos confirmam que a remoção foi resultado da intervenção diplomática, que afetou obras de artistas exilados e termos sensíveis ao governo chinês.
Durante uma visita, a agência notou que instalações multimídia de artistas tibetanos foram retiradas. Obras foram alteradas para ocultar palavras como “Hong Kong”, e .
Um e-mail da galeria, datado de 30 de julho, menciona que as mudanças foram medidas para evitar tensões diplomáticas entre Tailândia e China.
Sai, cocurador da exposição, notou que representantes chineses demandaram o fechamento da exposição e a remoção de mais materiais posteriormente.
A galeria confirmou a ocultação de nomes de artistas de regiões sensíveis, alegando não ter escolha a não ser ajustar a mostra. Bandeiras tibetanas e uigures, assim como materiais críticos ao governo chinês, foram removidos.
A Administração Metropolitana de Bangkok não comentou. A Tailândia deportou 40 uigures para a China em 2025, levantando preocupações sobre direitos humanos e pressão cultural chinesa.
A embaixada chinesa e os ministérios de Relações Exteriores não responderam aos pedidos de comentários da Reuters.