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Galípolo circula em jantares e amplia contato com mundo político

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, tem se envolvido em jantares informais com políticos e personalidades, ampliando sua rede de contatos. Durante os encontros, ele troca impressões sobre a instituição e discute questões relevantes para a economia, mas ainda não revela ambições políticas claras.

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, participou de dois jantares nas últimas semanas com figuras políticas e culturais.

No primeiro jantar, em sua casa em Brasília, ele recebeu autoridades e convidados, incluindo advogados e artistas, em um evento oferecido pelo advogado Rodrigo Rocha Monteiro de Castro. O encontro, realizado em 7 de março, não foi registrado na agenda do BC.

Durante a apresentação, o jornalista Juca Kfouri elogiou Galípolo, afirmando que ele poderia ser um futuro presidente da República, o que gerou risadas.

Galípolo respondeu a perguntas sobre decisões recentes do BC, especialmente sobre a política de juros, esclarecendo que a tomada de decisões requer negociação dentro da diretoria. Esta conversa aconteceu fora do período de silêncio do Comitê de Política Monetária.

Em 10 de março, Galípolo também foi anfitrião de um jantar que contou com a presença de líderes do Congresso e convidados ilustres como Paula Lavigne e Marisa Monte. As discussões incluíram projetos como a regulação da inteligência artificial.

Galípolo mantém uma relação próxima com o governo, tendo reuniões com o presidente Lula e o ministro Fernando Haddad. No entanto, apesar de sua conexão política, há poucos sinais de aspirações eleitorais imediatas por parte dele.

A proximidade com a política gerou críticas ao seu antecessor, Roberto Campos Neto. Observadores acreditam que Galípolo pode ter um futuro político, mas isso depende de uma construção que ainda não começou.

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