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Galípolo cita ataque hacker para defender PEC que amplia autonomia do BC

Gabriel Galípolo argumenta que a autonomia reforçada do Banco Central é essencial para garantir a segurança nas operações financeiras após o recente ataque hacker. O presidente ainda defende a elevação da Selic como parte de sua estratégia para controlar a inflação e cumprir as metas estabelecidas.

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, mencionou um ataque hacker que desviou cerca de R$ 1 bilhão de instituições financeiras para defender a PEC que amplia a autonomia do BC.

Durante um almoço com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, Galípolo afirmou: "Do ponto de vista do banco tudo funcionou" e ressaltou a necessidade de investimentos em segurança.

Os recursos desviados eram de contas da C&M Software, que fornece serviços tecnológicos. O presidente argumentou a favor da PEC, que visa atualizar o arcabouço legal para manter as inovações no BC.

Galípolo também defendeu o aumento da taxa Selic, que atualmente está em 15%, o maior nível desde julho de 2006. Ele admitiu: "estou acumulando o feliz recorde de ser o primeiro presidente do BC a assinar carta de descumprimento de meta duas vezes".

Na última reunião do Copom, em 18 de junho, a decisão foi unânime para elevar a Selic de 14,75% para 15% ao ano. A meta de inflação do BC é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Dados do IBGE indicam que a inflação deve permanecer acima do teto de 4,5%, com um acumulado de 5,32% até maio de 2025. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou a alta dos juros após a decisão do Copom, mas não atacou Galípolo diretamente.

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