Galípolo diz conversar “muito” com Haddad e elogia “generoso” Campos Neto
O presidente do Banco Central destaca o comprometimento da instituição com a meta de inflação e a necessidade de cautela na avaliação dos riscos econômicos. Galípolo também reafirma a transparência nas comunicações sobre a política monetária e as conversas frequentes com o ministro da Fazenda.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou que as projeções do BC incluem dados do relatório Focus, destacando a importância da meta de inflação.
Ele mencionou diversos caminhos para atingir essa meta, reforçando o compromisso com a política monetária restritiva e a pausa no ciclo de aperto para avaliar os efeitos da Selic atual.
No que diz respeito ao balanço de riscos, Galípolo evitou classificar a situação como simétrica ou assimétrica, enfatizando que não deseja criar relações mecânicas entre riscos e decisões de política monetária.
Os membros do Copom ressaltaram que as caudas do balanço aumentaram, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, destacou o aumento dos riscos em ambas as direções.
Galípolo também falou sobre as conversas frequentes com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concordando com as decisões recentes do Copom e referindo-se a uma transição em que seu antecessor, Roberto Campos Neto, o incluiu nas decisões.
Por fim, o presidente do BC disse que a autoridade não deseja fazer mudanças recorrentes nas estimativas de alta frequência, visando evitar volatilidade no mercado, e identificou a dificuldade em manter ganho de produtividade além do setor agrícola.