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Galípolo diz que foi protagonista para subir juros e contraria Haddad

Galípolo destaca seu papel na alta da Selic e na nova estrutura de comunicação do Banco Central. A projeção de crescimento do PIB para 2025 foi ajustada para 1,9%, refletindo a necessidade de controle da inflação.

Presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou ser o “protagonista” na reunião que decidirá a alta da Selic em dezembro, contradizendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que creditou a decisão ao ex-presidente Roberto Campos Neto.

Galípolo elogiou Campos Neto por permitir maior protagonismo na discussão do Copom. Haddad afirmou que o BC não poderia mudar drasticamente sua política monetária após a saída de Campos Neto.

Hoje, Galípolo apresentou o Relatório de Política Monetária, que reduziu a projeção do PIB de 2,1% para 1,9% em 2025. Ele mencionou a desaceleração econômica como essencial para atingir a meta de inflação de 3%, com intervalo entre 1,5% e 4,5%.

A taxa do IPCA foi de 5,06% em fevereiro, com previsão de aumento para 5,6% em março.

No último Copom, a Selic foi elevada para 14,25% ao ano, com expectativa de nova alta em maio, mas com “menor magnitude”. O novo Relatório de Política Monetária substitui o Relatório Trimestral de Inflação e deverá ser divulgado trimestralmente a partir de 2025, com divulgação de razões para eventuais descumprimentos da meta de inflação.

O CMN criou uma meta contínua de inflação de 3% para os próximos 36 meses, mantendo o intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.

Haddad, em maio de 2024, classificou a meta de inflação como “exigentíssima”. Desde 1999, a inflação oficial do Brasil ficou próxima de 3% apenas em 2006 e 2017.

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