HOME FEEDBACK

Galípolo escreverá segunda carta em seis meses para justificar inflação fora da meta: 'Me incomoda demais'

Gabriel Galípolo expressa preocupação com a necessidade de justificar o descumprimento da meta de inflação pela segunda vez em seis meses. Ele defende a importância de manter a taxa de juros elevada para garantir a convergência da inflação à meta estabelecida.

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, expressa descontentamento ao ter que escrever a segunda carta consecutiva justificando o descumprimento da meta de inflação.

A meta, atualmente fixada em 3% com margem de 1,5 ponto percentual, exige comunicações sempre que a inflação ultrapassa esses limites. Galípolo afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) está insatisfeito com a situação. Ele mencionou que deverá escrever outra carta no próximo mês, repercutindo sobre o descumprimento contínuo.

Amanhã, IBGE divulgará o IPCA de junho. Se o índice ultrapassar 4,5% por seis meses consecutivos, uma carta de explicação deve ser enviada. O sistema atual é iniciado em janeiro, ao contrário do modelo anterior, que exigia relatório apenas no fechamento do ano.

As declarações de Galípolo acontecem em meio a críticas à taxa de juros de 15% ao ano, com sugestões para flexibilizar a meta de inflação. No entanto, ele reafirmou que a meta de 3% é não-negociável e crucial para a estabilidade monetária.

"A meta é uma diretriz rígida, projetada para absorver choques", destacou. Galípolo também reconheceu que o papel do BC é garantir a convergência da inflação à meta por meio de uma taxa de juros apropriada e restritiva.

Ele enfatizou que a credibilidade da política monetária e da moeda brasileira deve ser preservada e que flexibilizações colocariam em risco a confiança na moeda.

Leia mais em o-globo