Galípolo: Haddad deve ser louvado por suprimir parte de medida do IOF com agilidade
Galípolo elogia a rápida resposta do governo na revisão do aumento do IOF, ressaltando a importância da agilidade na política fiscal. O presidente do Banco Central expressa preocupação com possíveis impactos negativos sobre o câmbio e a economia.
Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, elogia agilidade do governo em suprimir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele se manifestou durante o XI Seminário Anual de Política Monetária.
Galípolo reconheceu a rápida ação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em atender as preocupações do setor financeiro. “Todo mundo precisa louvar a agilidade da Fazenda”, disse.
A revisão da medida foi anunciada na noite de quinta-feira (22) após preocupações com o impacto negativo sobre remessas internacionais e aplicações no exterior.
Apesar do recuo em algumas áreas, o governo ainda projeta arrecadar R$ 18 bilhões em 2025 com as mudanças no IOF.
Galípolo expressou resistência a um aumento do IOF para ampliar receitas, mencionando receios de impacto no câmbio. Ele destacou sua falta de simpatia por utilizar o IOF como alternativa fiscal.
O presidente do BC ressaltou que sua equipe não foi informada sobre as iniciativas antes do anúncio, mas Haddad tinha mencionado a contenção de verbas e medidas de arrecadação em reunião anterior.
Galípolo também disse que o ministério pode ter uma equipe dedicada a metas fiscais, mas as negociações muitas vezes são obstruídas por questões políticas.
“O processo de buscar alcançar as metas é mais complexo e desafiador”, concluiu.
(com Reuters)