Galípolo tem uma herança a administrar no BC, assim como tive com Paulo Guedes, diz Haddad
Haddad ressaltou que o aumento da Selic estava previsto e destacou a responsabilidade tanto do governo quanto do Banco Central no controle da inflação. Ele também defendeu que o crescimento econômico sustentável é possível sem provocar uma recessão no Brasil.
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre o aumento da Selic em um ponto percentual, realizado pelo Copom na quarta-feira, 19. Ele afirmou que essa decisão estava “contratada” desde dezembro.
Haddad destacou que o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e sua diretoria têm a responsabilidade de administrar a herança deixada pelo ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto.
No último aumento, a Selic foi elevada a 14,25%, com previsão de novas altas em maio. Haddad elogiou a diretoria do BC, afirmando que são “qualificados” e comprometidos em cumprir a meta de inflação.
O ministro ressaltou que não é necessário provocar uma recessão para combater a inflação. Ele acredita que é possível crescer de forma sustentável enquanto controla os preços.
Haddad apontou a colaboração entre o governo e o BC, enfatizando a experiência de transição de dois anos devido à autonomia do BC. Apesar de desafios, a relação foi mantida de forma civilizada.
O ministro lembrou que a lei de autonomia estabelece que o mandato do presidente do BC se encerra dois anos após a posse do presidente da República, sendo que ainda há diretores do governo anterior no cargo.