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‘Gamer’ não gosta de propaganda, mas compra os produtos anunciados

O mercado de jogos eletrônicos enfrenta um crescimento mais lento, mas a publicidade se torna uma estratégia crucial para incrementar suas receitas. Com um público cada vez mais engajado, marcas adaptam suas campanhas para conquistar os gamers e estabelecer conexões duradouras.

Crescimento do mercado de jogos eletrônicos deverá se estabilizar globalmente nos próximos anos, com avanço da receita de US$ 219 bilhões em 2022 para 4% anualmente até 2028.

A base de jogadores cresceu 6,6% entre 2013 e 2023, mas os gastos individuais diminuíram. A publicidade surge como nova fonte de receita, apesar da resistência dos jogadores a anúncios. Em 2024, 59% consideravam os anúncios invasivos, número que subiu para 64% em 2025, embora 46% afirmem comprar produtos anunciados.

Para Luis Diez, da Bain, os jogadores aceitam anúncios quando oferecem benefícios, como desbloqueio de habilidades. Jogos de sucesso, como Fortnite e Candy Crush, concentram 50% a 60% da receita total.

A pesquisa “Go Gamers” mostra que 80,6% dos jogadores apreciam a presença de marcas no universo dos games. As marcas mais conhecidas incluem iFood (87,2%), Mastercard (84,7%) e Coca-Cola (83,9%).

O presidente da Go Gamers destaca a importância de relacionamento a longo prazo com os gamers. A marca Dorflex patrocina o campeonato de League of Legends, promovendo a saúde entre gamers.

A JBL planeja produzir fones de ouvido para gamers no Brasil, enquanto a paíN Gaming cresceu em patrocínios, demonstrando uma relação orgânica com as marcas.

Marcas alimentícias, como Sadia e Seara, também se aproximam do público gamer, criando produtos específicos e buscando conexão genuína. A Pringles já atua na área há sete anos.

As empresas que patrocinam e-sports estão se diversificando, com novas marcas buscando engajamento relevante. O evento Brasil Game Show também evidencia esse crescimento, com expectativa de 300 mil visitantes em 2025.

O impacto de tarifas econômicas dos EUA sobre a indústria de games no Brasil deve ser mínimo, segundo o presidente da Gamescom Latam.

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