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Gargalos logísticos nos portos travam exportações do agronegócio

A infraestrutura portuária brasileira enfrenta sérios desafios para acompanhar o crescimento das exportações do agronegócio. Investimentos insuficientes e equipamentos ultrapassados estão causando prejuízos e atrasos nas operações logísticas.

Crescimento das exportações do agronegócio brasileiro enfrenta desafios, como a limitação da infraestrutura portuária.

Os principais terminais do país têm equipamentos antigos e baixa capacidade de expansão, operando no limite. Em 2024, o Brasil investiu apenas 2,2% do PIB em infraestrutura, menos da metade do necessário para os próximos 30 anos, segundo a MTM Logix.

Entre os problemas, destacam-se:

  • Perda de receita e aumento de custos.
  • Em março de 2025, cerca de 637 mil sacas de café não foram embarcadas, resultando em uma perda de R$ 8,9 milhões.
  • Custos logísticos adicionais no setor cafeeiro ultrapassaram R$ 66 milhões desde junho de 2024.

O CEO da MTM Logix, Mário Veraldo, ressalta a necessidade de modernização, digitalização e ampliação de rotas alternativas nos portos. Em março, 55% dos navios enfrentaram atrasos, com um tempo médio de espera de 40 horas.

Rodrigo Reis, da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, destaca que os custos extras poderiam ser usados para valorizar o café, mas são usados para contornar falhas estruturais. A cooperativa busca soluções de planejamento logístico.

Veraldo propõe uma integração digital entre agentes logísticos e órgãos reguladores para reduzir custos. Ele afirma que é urgente ampliar e modernizar os portos e desburocratizar processos.

O governo federal está trabalhando para resolver esses gargalos com uma carteira robusta de investimentos. A secretária-executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, mencionou a expectativa de realizar 65 leilões portuários até o final do ciclo atual de governo, com 25 já efetivados.

Entre os projetos está o terminal STS10 no Porto de Santos, previsto para leilão em dezembro de 2025, com estimativa de R$ 6 bilhões em investimentos privados. O governo está focado em aumentar a capacidade dos terminais, ressaltando a atratividade dos ativos brasileiros.

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