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Gargalos no transporte marítimo da Europa soam sinal de alerta nos EUA e Ásia

O relatório aponta um aumento significativo nos congestionamentos nos principais portos europeus, impactados por guerras comerciais e escassez de mão de obra. A situação provoca atrasos e eleva os custos de frete, exacerbando a incerteza no comércio global.

Congestionamento portuário no norte da Europa e em outros centros logísticos está piorando, segundo relatório da Drewry.

Os tempos de espera por espaço para atracar aumentaram mais de 77% em Bremerhaven, Alemanha, e 37% em Antuérpia, entre março e maio. Atrasos semelhantes foram registrados em Hamburgo, Roterdã e Felixstowe.

Principais causas: escassez de mão de obra e baixos níveis de água no rio Reno. A demanda antecipada por transporte marítimo, devido a trégua nas tarifas entre EUA e China, também colabora para a situação.

Rolf Habben Jansen, da Hapag-Lloyd, prevê 6 a 8 semanas para controle da situação nos portos europeus. Já Torsten Slok, da Apollo Management, se questiona sobre a alta das tarifas de 30% sobre a China e seu impacto nos embarques.

O presidente Trump ameaçou a UE com tarifas de 50%, mas adiou a implementação. Isso gera incerteza no comércio e pode afetar exportações da UE para os EUA.

A Bloomberg Economics alerta que novas tarifas poderiam reduzir as exportações europeias em mais de 50%. A pressão sobre o setor de transporte marítimo aumenta, com transportadoras como a MSC já anunciando aumentos de tarifas.

Navios evitam o Mar Vermelho devido a ataques, contornando a África para manter as rotas. Habben Jansen recomenda um retorno gradual às rotas pelo Canal de Suez para evitar colapso logístico.

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