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Gastar mais causa insegurança e o país cresce menos, diz Meirelles

Meirelles critica a estratégia de aumento de gastos públicos como forma de crescimento econômico, alertando para os riscos de insegurança fiscal e aumento da dívida. Em sua análise, ele ressalta que uma disciplina fiscal sólida foi crucial para o crescimento do Brasil durante o primeiro mandato de Lula.

Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, critica a expansão dos gastos públicos como forma de impulsionar o PIB. Em entrevista ao Poder360, ele aponta que essa prática resulta em queda do crescimento e aumento da dívida.

Meirelles afirma que há uma corrente de pensamento econômico que acredita que gastar mais leva a mais crescimento, mas adverte que isso gera insegurança e pode até provocar recessão, citando 2016 como exemplo.

Ele recorda o milagre econômico brasileiro dos anos 1970, associado ao uso de empréstimos. No entanto, após a crise da década de 1980, impulsionada pela alta de juros nos EUA, o Brasil enfrentou hiperinflação e estagnação econômica.

Meirelles destaca que, durante seu mandato no Banco Central, de 2003 a 2010, o Brasil cresceu em média 4% ao ano, graças a uma disciplina fiscal forte e controle da política monetária.

Após o governo Dilma, ele participou da implantação do teto de gastos no governo Temer, que estabilizou a economia, permitindo um crescimento médio de 2%.

Sobre a atual situação, Meirelles alerta para o aumento da dívida pública, que pode gerar desconfiança na sustentabilidade da economia. Ele acredita que a disciplina fiscal é fundamental para um crescimento econômico mais consistente.

Ele observa que existe uma divisão no governo atual sobre o assunto, onde setores defendem aumentar gastos, enquanto outros, como o ministro Fernando Haddad, buscam equilíbrio fiscal.

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