Gasto com Previdência crescerá 22 vezes mais que pente-fino de Lula
Governo estima que as despesas com benefícios previdenciários devem aumentar significativamente, superando a economia esperada com revisões de cadastros. Medidas de pente-fino visam assegurar maior controle sobre os gastos, mas podem não ser suficientes para conter a “bomba-relógio” do INSS.
O governo Lula planeja um pente-fino de R$ 16,4 bilhões em benefícios previdenciários entre 2025 e 2029.
As despesas primárias devem crescer R$ 360,2 bilhões nesse mesmo período, o que representa 22 vezes a projected poupança.
A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026 prevê que as despesas com benefícios previdenciários aumentarão de R$ 1,015 trilhão para R$ 1,375 trilhão em 4 anos. A situação é considerada uma “bomba-relógio,” com a necessidade de uma nova reforma no INSS.
A LDO também lista economias projetadas de R$ 50,8 bilhões até 2029 por meio de pente-finos. Entre os mais afetados:
- Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária): R$ 19,0 bilhões
- BPC (Benefício de Prestação Continuada): R$ 15,4 bilhões
O secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, destacou que serão feitas revisões de cadastros a cada dois anos.
Segundo Montes, esses pente-finos não são ajustes fiscais, mas aliviam temporariamente as contas ao garantir benefícios somente a quem tem direito.
A equipe econômica já tentou ações similares em 2024, que resultaram em uma poupança reduzida em R$ 4,5 bilhões.
“Precisamos evoluir na política de revisão de gastos”, afirmou Montes.
