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'Gaza será totalmente destruída', afirma ministro das Finanças de Israel

Declarações provocativas do ministro das Finanças de Israel indicam planos de deslocamento forçado da população palestina e expansão militar em Gaza. A intensificação da ofensiva levanta preocupações sobre possíveis violações de direitos humanos e limpeza étnica na região.

Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, afirmou que uma vitória na Faixa de Gaza resultaria na destruição total do território palestino e imediato deslocamento de sua população.

Em uma conferência sobre assentamentos judaicos na Cisjordânia, ele declarou:

  • "Gaza será totalmente destruída, os civis serão enviados para o sul para uma zona humanitária sem Hamas ou terrorismo".
  • Essa não é a primeira polêmica de Smotrich, que em novembro passado sugeriu a redução pela metade da população palestina via emigração voluntária.

Na segunda (5), o gabinete de segurança de Israel aprovou um plano para expandir a guerra, visando conquista completa de Gaza e remoção forçada da população palestina, o que poderia caracterizar limpeza étnica.

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou que a guerra "será intensificada", afirmando que o objetivo é oposto ao recuo dos soldado após os ataques.

No domingo (4), o Exército mobilizou dezenas de milhares de reservistas para aumentar a ofensiva contra o Hamas. O novo plano será implementado gradualmente em áreas devastadas de Gaza, onde mais de 70% do território já está sob controle israelense.

A ofensiva, se implementada conforme planejado, não se limitará à destruição do Hamas, mas também buscará tomada permanente do território. Gaza foi controlada diretamente por Israel de 1967 a 2005.

Um retorno à ocupação direta poderá enfrentar resistência internacional, embora a ONU jamais reconheça um fim à ocupação, dado que Israel mantém controle sobre acesso por terra, mar e ar.

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