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Gaza volta a receber ajuda humanitária em meio a alertas para fome e ameaça de sanções a Israel

Governo de Israel cede à pressão internacional e permite a entrada de ajuda humanitária em Gaza após meses de bloqueio. Apesar da situação crítica, líderes ocidentais consideram a assistência insuficiente e ameaçam sanções.

Governo de Israel permite entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza

Após pressão de aliados, o governo Binyamin Netanyahu autorizou a entrada de caminhões com ajuda humanitária pela primeira vez em dois meses. A ONU alertou sobre a escassez de alimentos para os 2 milhões de habitantes da região.

Na segunda-feira, 19 de novembro, foram confirmados cinco caminhões com leite em pó e itens urgentes, enquanto Israel avançava com uma nova operação terrestre. Tedros Adhanom, secretário-geral da OMS, afirmou que o risco de fome está aumentando e que há toneladas de alimentos retidos na fronteira.

O chefe da ONU, Tom Fletcher, descreveu a ajuda atual como “uma gota no oceano” e solicitou a Israel que abra passagens e remova impedimentos. No total, nove caminhões da ONU foram autorizados a entrar, enquanto Fletcher expressou preocupação com roubos.

Netanyahu alegou que a ajuda seria “mínima” e seria um passo para um novo sistema de assistência, controlado por uma organização apoiada pelos EUA. No entanto, a ONU considera essa proposta insuficiente.

No mesmo momento, Reino Unido, França e Canadá criticaram a ajuda, considerando-a inadequada, e ameaçaram sanções a Israel se a ofensiva militar continuar. Além disso, essas nações pediram a imediata retomada da ajuda humanitária, enfatizando que a mesma não deve ser usada como arma política.

A operação terrestre de Israel foi intensificada, com alertas para civis abandonarem Khan Younis. Netanyahu afirmou a intenção de “tomar o controle de toda Gaza” e incentivou o deslocamento da população local, o que os palestinos rejeitam.

O governo dos EUA, ainda solidário a Israel, começou a manifestar preocupação com a fome na região, com o presidente Donald Trump reconhecendo o sofrimento da população.

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