‘Gênio do crime’: veja por que investigadores descrevem assim fiscal preso suspeito de fraude em SP
Auditor fiscal se torna alvo de investigação por corrupção enquanto acumulava fortuna ilegal. A Operação Ícaro revela um esquema de fraude tributária que movimentou bilhões ao longo dos anos.
Auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto é acusado de liderar um esquema bilionário de fraude tributária na Secretaria da Fazenda de São Paulo. O Ministério Público (MP) o descreve como um “gênio do crime”, prestes a acumular R$ 1 bilhão em propinas.
Silva Neto, 47 anos, tinha um brilhante histórico acadêmico, tendo sido aprovado no ITA, IME e USP. Ele ocupou o cargo de chefe do Departamento de Fiscalização da Sefaz-SP após ingressar na secretaria em 2006.
A operação Ícaro resultou na prisão de cinco outros envolvidos, incluindo empresários e auditores fiscais. Silva Neto tinha um salário elevado, com remuneração bruta de R$ 33.781,06 e pagamentos eventuais que somavam R$ 30.573,45.
A investigação começou com a evolução patrimonial da mãe de Silva Neto, que se mostrou suspeita, especialmente após sua empresa, Smart Tax, registrar um crescimento patrimonial de R$ 411 mil para R$ 2 bilhões em dois anos.
O contador da empresa envolveu-se na lavagem de dinheiro, mas não foi preso. O MP afirma que ele atuava como “testa de ferro” de Silva Neto.