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Geopolítica é freio para avanço de países em ações climáticas

Dificuldades geopolíticas e falta de financiamento dos países ricos atrasam avanços nas ações climáticas globais. Especialistas destacam a necessidade urgente de implementar compromissos já estabelecidos para conter a crise climática.

Geopolítica dificulta ações climáticas globais

A geopolítica está criando obstáculos para avanços em ações climáticas. Os cortes do governo de Donald Trump a programas de cooperação internacional e o desvio de trilhões por países ricos para defesa e guerras afetam nações em desenvolvimento.

Os países pobres enfrentam dificuldades com financiamento para transição energética e adaptação aos **impactos climáticos extremos**. Um negociador resumiu a situação: “É o mundo real criando dificuldades para que a gente consiga avançar.”

Principais problemas nas negociações incluem:

  • A falta de dinheiro público dos países ricos para os mais pobres;
  • Medidas unilaterais que taxam produtos com alta emissão de carbono.

Um tópico crítico é o artigo 9.1 do Acordo de Paris, que exige dos países desenvolvidos suporte financeiro para nações em desenvolvimento. A frustração com acordos financeiros, como o de Baku, evidencia que os US$ 300 bilhões anuais prometidos são insuficientes.

Nações como China e Índia levantam preocupações sobre como medidas unilaterais, como a Cbam (taxa de carbono da UE), dificultam a situação climática. À véspera do encerramento da reunião em Bonn, houve perspectivas de avanço na adaptação e transição justa.

Mark Lutes, do WWF Internacional, destacou que os tempos geopolíticos dificultam a urgência nas ações climáticas. Fernanda Carvalho, também do WWF, ressaltou a importância de reduzir combustíveis fósseis e zelar pelo desmatamento zero até 2030.

Até agora, apenas 23 países apresentaram compromissos climáticos novos, com grandes emissores como a União Europeia, China e Índia ainda ausentes. “É preciso ter alguma reação política para cobrar isso.”

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