Geopolítica faz preço e ouro bate recorde: US$ 3.000 a onça-troy

Ouro atinge novo recorde histórico com cotação acima de US$ 3 mil. A alta é impulsionada pela crescente demanda diante de riscos geopolíticos e incertezas econômicas.

Preço do ouro bate recorde na sexta-feira, negociado pouco acima de US$ 3 mil a onça-troy (31,1 gramas). Esta alta representa quase 40% em um ano e 80% desde o fim de 2022.

A cotação atingiu o preço-alvo do UBS, que elevou a projeção para US$ 3,2 mil em junho, recomendando montar posições long em recuos de preço.

A valorização deve-se à alta da demanda, impulsionada pelo aumento do risco geopolítico e pelo medo da inflação.

Bancos centrais têm investido mais em ouro há 15 anos, com um aumento significativo após a guerra na Ucrânia, congelando reservas russas em títulos públicos.

Desde 2022, BCs compram cerca de mil toneladas de ouro por ano, o dobro do que nos anos anteriores.
O CIO da Empiricus, Felipe Miranda, afirma que estamos em um grande rearranjo global que impacta a valorização do ouro.
Ouro é visto como hedge contra a inflação, especialmente na ausência de outras moedas confiáveis.

Apesar de um overbought técnico, o UBS acredita que a cautela em relação às ações dos EUA e a confiança no ouro continuam predominantes entre investidores.