Geração Z é cada vez mais ‘Nem Nem Nem’ por escolha: não tem emprego, não estuda nem faz treinamento
A Geração Z enfrenta um dilema entre a busca por bem-estar e as exigências do mercado de trabalho, com muitos optando por se tornar NEETs. A crescente inatividade juvenil reflete preocupações com saúde mental, baixo salário e a dificuldade de alcançar a estabilidade financeira.
A Geração Z está se tornando cada vez mais uma população de 'Nem Nem Nem' — jovens que não trabalham e não estão em educação, contribuindo para níveis recordes de desemprego juvenil global.
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, cerca de 20% das pessoas entre 15 e 24 anos no mundo são NEETs em 2023. Um relatório da PwC revela que 40% da Geração Z está disposta a pedir demissão, dependendo do seguro-desemprego.
Na Espanha, mais de meio milhão de jovens não estudam nem trabalham, enquanto no Reino Unido, quase 3 milhões estão economicamente inativos desde a pandemia.
Pesquisas indicam que a Geração Z enfrenta dificuldades financeiras, ganhando menos e aumentando suas dívidas. Eles levam para casa cerca de US$ 45.500 anuais, comparados a US$ 51.852 da geração Y na mesma faixa etária.
O aumento da inflação e dos preços dos imóveis, que dobrou em relação aos salários, alimenta a sensação de que poupar é inútil. Muitos jovens se concentram no presente devido à percepção de um futuro sombrio.
Além disso, a saúde mental da Geração Z está em declínio, sendo quase duas vezes mais estressados que a Geração Y. Mais de um terço dos jovens de 18 a 24 anos sofre de transtornos mentais comuns, refletindo a evasão ao mercado de trabalho.
Investigações apontam que o desemprego jovem devido a saúde mental é uma tendência crescente, com planejamento de carreira muito diferente em comparação a gerações anteriores.
O descontentamento com a cultura de trabalho e a preferência por empregos com benefícios, como o ‘salário emocional’, mostram como a Geração Z busca qualidade de vida em vez de ascensão profissional.