Geração Z está trocando faculdade por empregos técnicos que a IA não faz, mas também há problemas
Apesar do crescente interesse por profissões técnicas entre a Geração Z, pesquisas indicam que essas carreiras podem não ser tão promissoras quanto aparentam. Questões como alto desemprego, automação e falta de satisfação profissional levantam preocupações sobre o futuro desses trabalhos.
Os trabalhos técnicos estão em alta, surgindo como uma alternativa mais inteligente e segura aos cursos universitários caros. Jovens da Geração Z estão se voltando para profissões manuais, como carpintaria e elétrica.
Um levantamento de 2024 da Harris, encomendado pela Intuit Credit Karma, revela que 78% dos americanos notam um aumento no interesse por essas carreiras.
A matrícula em escolas técnicas cresceu após a pandemia, superando as universidades. Os atrativos incluem salários de seis dígitos, liberdade de trabalho autônomo e habilidades práticas.
No entanto, novas pesquisas alertam para a realidade instável. Um estudo da WalletHub posiciona profissões técnicas entre os piores empregos de entrada nos EUA para 2025, com soldadores e mecânicos nas últimas posições.
Além disso, inspetores prediais e eletricistas enfrentam a maior taxa de desemprego: 7,2%, comparada a 2% em cargos administrativos. Fatores como vagas limitadas e risco à segurança impactam sua pontuação.
Embora a automação pareça distante, novas tecnologias, como robótica, estão começando a substituir partes dos trabalhos técnicos, diminuindo a demanda.
Esses empregos estão ligados à construção civil e manufatura, tornando-se sensíveis a mudanças econômicas. Cortes de vagas podem ocorrer com a desaceleração desses setores.
Embora muitos jovens busquem autonomia, a liberdade vem acompanhada de jornadas longas e trabalho físico intenso. Um estudo apontou que eletricistas estão entre os menos felizes devido ao esforço exigido e a horários imprevisíveis.
Curiosamente, nenhuma profissão técnica está na lista dos trabalhos mais felizes, o que levanta questionamentos sobre a satisfação real nessa escolha profissional.