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Gestão Bolsonaro queria vincular Lula a facção, diz testemunha ao STF

Ex-analista do Ministério da Justiça revela ordens para vincular Lula ao Comando Vermelho. Depoimentos no STF abordam ações de tentativa de golpe eleitoral e uso de dados para bloqueios de trânsito no 2º turno de 2022.

Clebson Ferreira de Paula Vieira, ex-analista de inteligência do Ministério da Justiça, depôs ao STF sobre ordens recebidas, durante gestão de Anderson Torres, para mapear dados que ligassem o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva à facção Comando Vermelho.

Clebson é testemunha da PGR e depôs em 14 de julho de 2025, no início das audiências sobre tentativas de golpe de Estado.

Ele mencionou ter sido instruído pela secretária de Segurança Pública, Marília Ferreira de Alencar, a mapear zonas onde Lula teve mais de 75% de votos no 1º turno. Um pedido específico buscava correlacionar votos em áreas dominadas pelo Comando Vermelho no Rio de Janeiro.

Numa mensagem enviada à sua ex-esposa, Clebson retratou a demanda com um tom de desconforto, afirmando: “Eu mantinha contato com ela quando chegava alguma demanda com algum tipo de viés político”.

Além disso, ele afirmou que a PRF utilizou os dados levantados por ele para realizar bloqueios críticos durante o 2º turno eleitoral de 2022. Clebson relatou: “Onde Lula tinha mais de 75% houve uma pressão nas adjacências de trânsito”.

Os depoimentos do STF começaram às 9h10 e as audiências ocorrerão até 23 de julho por videoconferência, com foco nas Ações Penais 2693, 2696 e 2694.

Clebson afirma que a análise de dados revelou congestionamentos que prejudicavam a votação em áreas com grande apoio a Lula, ressaltando a responsabilidade na coleta de informações.

Todos os acusados nas ações respondem por diversos crimes.

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