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Gestores correm para garantir benefício em debêntures incentivadas

Gestoras de fundos de crédito no Brasil aceleram emissões de debêntures incentivadas em resposta à expectativa de mudanças nos benefícios fiscais. A crescente demanda por títulos ligados à infraestrutura é impulsionada pelo temor do "medo de ficar de fora" antes que novos impostos sejam implementados.

Gestores de crédito no Brasil estão apressando emissões de debêntures incentivadas devido à crescimento da demanda e receio de perda de benefícios fiscais.

Gestoras como Sparta, Absolute Investimentos e JGP Asset Management estão retomar captações com foco em títulos isentos ligados à infraestrutura. O governo anunciou um imposto de 5% sobre rendimentos a partir do próximo ano, o que poderia afetar a isenção atual.

A proposta ainda será analisada pelo Congresso, que enfrenta turbulências políticas. Fayga Delbem, da Itaú Asset Management, observou um aumento no fluxo de investimentos e fechamento dos spreads após o anúncio do imposto.

Os rendimentos de títulos de infraestrutura caíram cerca de 15 pontos após a proposta. Com taxas de juros altas, investidores buscam cada vez mais renda fixa, mas a participação estrangeira no mercado continua baixa.

O primeiro semestre de 2025 já registrou R$ 74,5 bilhões em emissões de debêntures incentivadas, representando um aumento de 15,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Antonio Pedro Teixeira, da JGP, afirmou que a gestora acelerou a criação de dois fundos, prevendo que suas captações aumentarão. Ulisses Nehmi, da Sparta, espera que seus ativos aumentem de R$ 17 bilhões para mais de R$ 20 bilhões até o final do ano, graças à demanda por títulos de infraestrutura.

Outras gestoras, como a SulAmerica e a Absolute, também estão expandindo suas carteiras e reabrindo fundos, esperando que os clientes aproveitem as oportunidades antes da possível mudança nas regras.

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