Gestores de fundos de investimentos alertam para risco de explosão da dívida pública
Gestores de fundos alertam sobre o crescimento da dívida pública brasileira e suas implicações para a economia até 2026. Eles ressaltam a necessidade urgente de reformas para estabilizar a situação fiscal do país.
Gestores de fundos de investimentos do Brasil estão preocupados com o risco de explosão da dívida pública ao analisarem as perspectivas econômicas para 2025 e 2026.
Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital, aponta que as projeções indicam aumento da dívida, especialmente devido aos altos gastos do governo nos primeiros anos da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.
Xavier participou do painel “Gestores de fundos discutem perspectivas e estratégias”, que incluiu Bruno Cordeiro da Kapitalo Investimentos e Felipe Guerra da Legacy Capital.
Ele destacou a importância de reformas urgentes para conter o crescimento da dívida, como a desvinculação do salário-mínimo da Previdência e reformas administrativas. “Precisamos encaminhar medidas que tornem o país sustentável”, afirmou.
Xavier notou que o governo atual apresenta um cenário fiscal expansionista que preocupa o mercado. Ele salientou a necessidade de estabilização da dívida em vez de uma rápida inversão de direção.
Bruno Cordeiro enfatizou que o Brasil é “vulnerável” até as próximas eleições, devido ao crescimento constante dos gastos públicos e ao nível elevado da dívida. Ele atribui a desaceleração da inflação ao cenário externo e garante que o Brasil ainda carece de atenção na questão fiscal.
Cordeiro prevê um outlook positivo para o Brasil em 2026 com base em cenários internacionais, mas alerta sobre a volatilidade das eleições.
Gestores reconhecem que, se o Brasil evitar erros e "escorregões," poderá se beneficiar de um cenário global favorável, mas com cautela em relação à influência das eleições nas decisões econômicas.