Gestores se abrem para a diversificação com o uso de criptoativos
Gestores tradicionais começam a adotar criptomoedas em suas estratégias de investimentos, buscando diversificação e retorno. A aceitação institucional cresce, e grandes players do mercado financeiro passam a ver valor na inclusão de ativos digitais em carteiras.
Gestores de ativos tradicionais estão se abrindo para o mundo das criptomoedas.
Empresas renomadas como BlackRock, Verde Asset e Leblon Equities já oferecem produtos com exposição ao bitcoin.
A Verde Asset anunciou em novembro um pequeno investimento em bitcoin antes da eleição de Donald Trump. Em sua carta de junho, reportou ganhos e uma exposição de 2,5%.
A Leblon Equities possui alocação em cripto e investimentos em Coinbase e ETFs de bitcoin. A Warren utiliza criptomoedas em seus fundos multimercados e considera retornar com um fundo dedicado, ressaltando a complexidade das operações para investidores individuais.
Os ETFs de criptomoedas das principais gestoras brasileiras somam R$ 8,6 bilhões em patrimônio líquido. O fundo mais rentável da Warren, o AMW Omaha, apresenta 10,8% de rentabilidade acumulada.
Larry Fink, CEO da BlackRock, defende a inclusão do bitcoin nas carteiras de investimentos, citando seu potencial de valorização de até US$ 700 mil.
A BlackRock, embora ainda não tenha fundos com cripto, considera o impacto positivo do bitcoin na diversificação de portfólios. Estudos indicam que adicionar 1% de bitcoin em uma carteira pode aumentar o retorno de 5,98%% para 7,06%% ao ano.
No Brasil, simulações mostram que uma alocação de 1% em bitcoin poderia elevar o retorno de um portfólio tradicional de 9,04%% para 11,06%%.
Igor Carneiro, da Vault Capital, destaca que o bitcoin pode reduzir a volatilidade em carteiras, pois está descorrelacionado de mercados tradicionais.
Contudo, o bitcoin é extremamente volátil. Bruno Corano, da Corano Capital, acredita que é um investimento especulativo e vê pouco valor na diversificação para investidores que buscam crescimento lento.
Com a Selic em 15%% ao ano, especialistas consideram mais vantajoso focar em renda fixa para preservação de patrimônio.