Gigante de pagamentos monta 'sala de guerra' contra 'milhões' de ciberataques; entenda como funciona
Visa investe US$ 12 bilhões em tecnologia de IA para combater crescentes fraudes cibernéticas. Criminosos sofisticados evoluem suas táticas, miram diretamente nos consumidores e exploram vulnerabilidades emocionais.
A Visa lida com US$ 15 trilhões anualmente, o que equivale a 15% da economia mundial.
Com o aumento das tentativas de fraude, a empresa investiu US$ 12 bilhões nos últimos cinco anos em tecnologia de IA para detecção de fraudes.
Segundo Michael Jabbara, chefe global de soluções antifraude, os criminosos vão desde indivíduos solitários até organizações estruturadas que geram milhões com fraudes.
As fraudes agora focam em manipular emoções dos consumidores, tornando-os mais vulneráveis a golpes.
Os sinais de alerta incluem ofertas boas demais para serem verdade e interações românticas com estranhos de países distantes, como Mianmar, onde muitas vítimas de tráfico são forçadas a trabalhar em centros de golpes.
Os criminosos utilizam técnicas que geram cobranças pequenas e recorrentes, passando despercebidas por longos períodos.
No dark web, é possível adquirir kits antifraude prontos para uso, que incluem softwares e tutoriais, facilitando a realização de fraudes em larga escala.
A sofisticação das organizações criminosas agora se equipara à de empresas legítimas, com diretores de risco decidindo quais alvos são menos arriscados.
A Visa possui um Centro de Operações de Risco, onde dados são analisados para identificar atividades fraudulentas.
Em um Centro de Fusão Cibernética, a equipe monitora ataques diretos à infraestrutura da Visa, lidando com milhões de tentativas, predominantemente de forma automática.
Para garantir a segurança, a Visa mantém instalações semelhantes em Londres e Cingapura, promovendo vigilância global 24 horas.