Glass Lewis recomenda que acionistas do Carrefour votem contra deslistagem
Consultorias recomendam rejeição à deslistagem do Carrefour Brasil, alegando que proposta é desvantajosa para acionistas. Minoritários internacionais, incluindo grandes gestoras, devem seguir essas orientações em assembleia marcada para 7 de abril.
Consultorias de votos Glass Lewis e ISS recomendam: acionistas do Carrefour Brasil (Atacadão) votarem contra a deslistagem na assembleia marcada para 7 de abril.
Motivo: A orientação de voto de consultorias é frequentemente seguida por investidores institucionais, como Fidelity, Vanguard e BlackRock.
Proposta do Carrefour: Três opções de saída para acionistas:
- R$ 7,70 por ação em dinheiro;
- Combinação de ações e R$ 3,85 em dinheiro;
- 0,09 ação ou BDRs.
Valor da proposta: Glass Lewis aponta que pagar em ações e dinheiro resulta em R$ 7,61, um prêmio de 18% desde 10 de fevereiro. Companhia avaliada em R$ 16 bilhões.
Ações desde 10 de fevereiro: Atacadão subiram 18,36%, Carrefour França caiu 4,76%.
Críticas das consultorias:
- Glass Lewis: preço por ação considerado próximo do piso histórico.
- ISS: oferta não reflete o valor da companhia, com desconto em relação ao preço-alvo de R$ 9,45.
Justificativa do Carrefour: Mercado de varejo alimentar desafiador, alta concorrência. Consultorias consideram isso uma razão fraca.
Recomendações: Consultorias pedem que acionistas votem contra a deslistagem neste momento, citando falta de transparência no processo e conflitos de interesse.
Resposta do Carrefour: Alega que seu comitê é independente e que o valor proposto é um prêmio de 32%. A aprovação depende do quórum na assembleia; Carrefour França e Península não votarão.
Visão de investidores: Estrangeiros consideram proposta abaixo do valor justo (R$ 12 a R$ 15 por ação) e criticam falta de transparência da Península. Gestora Ruane Cuniff articula voto contra a proposta.
Atualização às 17h50 para inclusão da ISS.