Gleisi acumula derrotas no Congresso após 3 meses como ministra
Gleisi Hoffmann enfrenta desafios significativos em sua posição como ministra das Relações Institucionais, acumulando derrotas no Congresso e perdendo apoio entre os aliados. A gestão, inicialmente promissora, revela-se cobrada e lenta, com críticas sobre sua atuação nos momentos cruciais para o governo.
Presidente Lula nomeou Gleisi Hoffmann como ministra das Relações Institucionais em 28 de fevereiro.
Em 3 meses, a ministra enfrentou derrotas significativas no Congresso, como a urgência para derrubar o IOF com 346 votos contra o governo.
Gleisi, junto com Rui Costa (Casa Civil), tentou negociar com os presidentes das Casas, mas não obteve sucesso, resultando na maior derrota do Executivo desde que Lula voltou ao poder.
Além disso, o governo viu a criação da CPMI do INSS e a derrubada de 11 vetos presidenciais. O PDT saiu da base de apoio do governo devido a controvérsias.
Antes bem recebida pelo Centrão, a ministra enfrenta críticas de aliados e tem sido considerada lenta e apagada nas suas atuações. Sua imagem de articuladora polida começou a se deteriorar.
Gleisi tomou posse em 10 de março, após a saída de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde. Sua atuação no PT foi considerada combativa, mas como ministra, a expectativa é de pragmatismo.
O atraso no pagamento das emendas é apontado como principal causa da mudança no apoio dos congressistas. Gleisi justificou a latência pela aprovação tardia do Orçamento.
A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) afirmou ter apenas 50 dias para executar as emendas e que os pagamentos estão mais rápidos que nos anos anteriores.
Apesar de tentativas do governo para acelerar os empenhos, não foi suficiente para evitar derrotas significativas, como a do IOF.