Gleisi critica BC pela alta de juros, mas não cita Galípolo, indicado por Lula
Gleisi Hoffmann critica a alta da Selic, destacando a contradição entre a política monetária e a recuperação econômica. O Banco Central, por sua vez, justifica a decisão com base em projeções inflacionárias e resiliência do mercado.
Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais, criticou o Banco Central pela nova alta da taxa de juros, sem mencionar o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Copom aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, passando de 14,75% para 15% ao ano, com decisão unânime.
Gleisi se posicionou contra a política de juros altos nas redes sociais, ressaltando a contradição entre a desaceleração da inflação e a alta dos juros. Ela afirma: "É incompreensível que o Copom aumente a taxa".
Durante a gestão anterior de Roberto Campos Neto, houve críticas semelhantes, mas ela foi cobrada pela oposição por seu atual silêncio, dado que Galípolo também é um indicado de Lula.
O presidente Lula, que criticou o BC anteriormente, não se manifestou sobre o assunto até a manhã do dia 19.
O Banco Central justificou sua decisão com projeções de inflação elevadas, resiliência da atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. O Copom indicou que pode manter os juros no patamar atual, mas não descartou novos aumentos futuros.