Gleisi diz ser “obrigação” pesquisa de petróleo na Margem Equatorial, na Amazônia
Gleisi Hoffmann argumenta que a exploração na Margem Equatorial é crucial para a segurança energética do Brasil, destacando o compromisso do governo com a preservação ambiental. Contudo, especialistas alertam para os potenciais danos à biodiversidade e os impactos socioeconômicos na região.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a pesquisa de recursos petrolíferos na Margem Equatorial, região da Amazônia, em 12 de outubro. Gleisi afirmou que a expansão da exploração de petróleo é uma “obrigação” para o Brasil, visando a segurança energética.
Ela destacou que a Margem Equatorial possui potencial já demonstrado por países vizinhos. Em suas palavras, a pesquisa é essencial tanto para a segurança energética quanto para a transição energética.
Gleisi garantiu que o governo Lula está comprometido com a preservação ambiental e elogiou a Petrobras como uma empresa consciente. A decisão sobre a exploração depende do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmando que será uma decisão técnica.
Recentemente, o Ibama aprovou o plano da Petrobras para limpeza e perfuração na Foz do Amazonas, com estimativas de até 10 bilhões de barris de petróleo na região. Entretanto, em 2023, o Ibama negou autorização para atividades na área.
Especialistas ambientais alertam para os riscos da exploração, que incluem:
- Destruição de manguezais e recifes
- Perturbação causada por equipamentos
- Vazamentos de petróleo
- Introdução de espécies exóticas
A Petrobras já perfurou 94 poços na Foz do Amazonas, mas apenas 2% resultaram em descobertas economicamente viáveis. Além disso, a exploração pode causar impactos socioeconômicos negativos na população local, como violência e degradação das condições de trabalho.